sábado, 24 de junho de 2017

Abacate Contemporâneo e a "Cena" de Londrina: Lançamento do EP

João, Otto e Ravi
de Carvalho

A "Cena" é a seguinte, ô molecada, 
a Universidade Estadual de Londrina está sendo massacrada pelo Beto Richa.
Dia 20 teve um show marcante do Caburé Canela, na frente do Ouro Verde. 
Quanta roubalheira ali, na reconstrução do teatro, meus filhos! 
Quem me contou foi o pai de um amiguinho de vc's, que estava trabalhando lá... 
muito desvio de verba... mas me escutaram cantando "É Rixa, se espicha, passa reto, Beto Richa". 
escutaram lá de dentro do teatro. (sniff, sniiiff, isolamento acústico).
Fiquei muuuuito feliz que essa semana o Caburé anunciou a pré-venda de seu disco! 

E entramos no Solstício de Inverno agora. Cê vê? Tanta coisa nessa semana, gente? 
O pessoal do UZI lançou, sincronizado com o movimento da terra ao redor do Sol, 
um puta disco foda, chamado Solstício de Verão, Vol.: 1. Escrevo depois sobre isso. Logo tem show...
Festinha junina de quebrada (no Antares)... 

E vc's lembram do tio Fuca? 
Claro né!? 
É aniversário dele hoje! 
Quer dizer que ele nasceu nesse lugar do sistema solar. 
Quem faz aniversário no mesmo dia é contemporâneo espacial, entendem? 
Como vc's e o tio Pedro José
que também toca guitarra no Caburé... 
tem tb o tio Herbert Proença, que também faz poesia, livreto e é ator... 
vc's são contemporâneos siderais... 
tem até um som do Caburé Canela, que é uma parceria do Pedro e do Herbert, 
que foi muito muito muito bom de escutar e cantar no calçadão na terça
durante a paralisação que as universidades fizeram para enfrentar o Richa
a canção se chama Lixos Espaciais, e tem um refrão que diz:
"nada a temer" ... ai, ai... nada a Temer!
E aí, no dia do aniversário do Rafael Fuca, que é hoje, 
o Abacate Contemporâneo faz show no Bar Valentino!

Legal né!? 
Vamos escutar o EP pra chegar lá conhecendo melhor as músicas?
Aí depois do show, vcs dão os parabéns para eles...
Sim, vc's conhecem quase todos da banda... ó, tem o pai do Cauê e da Iara
tem a mãe do Bentinho... viu!? vamos!?


A primeira canção chama-se "Rita Lina". O texto que a Raquel canta é uma poema/brincadeira de uma amiga que não está mais morando em Londrina. A Fernanda Lina. Muito, muito amiga da Thaty e da Dandara também. Perguntem a história do poema que a Dandara conta pra vc's, ela lembra de quando a Fer escreveu. Ritalina é o nome de um remédio que a indústria farmacêutica, junto com os médicos, dão pras crianças que dão trabalho pros professores. Percebem? Claro que não são só crianças que tomam esse remédio, que é uma droga. Sim, muitas drogas são permitidas, mas maconha é proibido. Entendem? Por isso tanto RAP, meus filhos... enfim, depois dos versos "Pula, pula amarelina", o Otto lembrou de outra coisa, e cantou: "Essa fogueira já queimou meu amor", no que o Ravi disse que era música de festa junina, "Pula a Fogueira". Estão aprendendo na escola? Deixa eu escutar no youtube... Legal, acho que tem a ver sim, gente, vou colocar isso no texto e vamos assinar juntos, Ok?! Ok. Pula a fogueira junina, pula, pula amarelina. 
  
A segunda é uma canção do tio Binho. Tá escrito aqui, entre parênteses (Eber Prado). Viram? 
O Fuca, o Binho, a Raquel e o Marcus são professores também, sabiam?
É. Muitos dos músicos da cidade se formaram no curso que o papai dá aula, na UEL. 
E como o curso é de Licenciatura, quer dizer que forma músicos/professores. Tenderam?
A música do Eber, que é professor de Geografia, ele não fez o curso de música, mas estudou na UEL tb, a música dele chama-se "Louca de Pedra". Curtiram principalmente os solos de guitarra e a palavra "pira", do refrão. Vou escrever isso tb, podem deixar. Tem a ver sim com o clímax melódico, sabiam? Percebam como a palavra é estraçalhada pela melodia, pela forma de cantar. Fica até "pirÁ", não "pira". Isso se chama "prosódia". 

"Arca de não é" é o nome da outra faixa, que é uma composição do Fuca. Essa é uma das que eu mais escutei desse disco. Lembro de tocar com o Rafael em várias ocasiões essa música. É, na casa dele, na minha, na do Piau, que é um outro professor lá da UEL... enfim, adoro esse texto, que parece besta, mas não é. Na sequência escutamos "Mais pra Abacate", outra composição do Fuca. Otto e Ravi curtiram algumas palavras soltas, "besta", "bicho pega", "chuchu" e "papaia". 

"Amarelou" é uma canção feita pelo Farinha, que é o baterista. 
Lembraram rapidinho, pois no último fds o Farinha comprou uns folhetos meus e trocamos mó ideia, enquanto vc's brincavam no canteiro em frente ao mercado Shangri-lá. Ah, aí o Ravi lembrou de um som, que diz que não se pode "Amarelar". O Otto já emendou cantarolando, "quem tá na linha de frente, não pode amarelar". Sim, esse som é do Criolo. A música escrita pelo Farinha é uma tiração de zarro na cara de quem "se diz muito bom", mas na hora que os desafios aparecem a pessoa foge. 

E na última faixa, chamada "Insonia", o Ravi disse convicto que era a que ele mais havia gostado. Notei que esse gosto se deu por conta da música mesmo, não de qualquer relação com o texto. O Otto também disse que gostou muito do som. Gostaram do peso, do som forte. Nas palavras do Ravi, do som "alto". Expliquei que a palavra altura dizia sobre se o som era agudo ou grave... "Então tá, eu gostei do som fooorte, com guitarra e bateria!", completou o Ravi.

É o Rock, meus filhos. 
É a energia do Rock que flui pelas veias de Londrina, molecada!




  
  

Nenhum comentário:

Postar um comentário