quinta-feira, 2 de julho de 2015

Um Papo com Metá Metá

João de Carvalho

No dia 12 de junho de 2015 o Metá Metá (Juçara Marçal, Kiko Dinucci e Thiago França) esteve aqui em Londrina para um show no SESI. Aproveitamos (eu, o Danilo Lagoeiro, a Laura Lago, o Lucas Godoy e a Gisele Almeida) e a passagem do grupo pela cidade e realizamos um bate papo. Entre os assuntos que surgiram estão a "experiência do grupo em Rabat (Marrocos)", a ancestralidade e sua relação com a música que o grupo faz e a força e os impasses da produção musical independente no Brasil. 



No dia seguinte (sábado, 13) eu me apresentaria no mesmo palco, e por coincidência estava no meu programa tocar a Ciranda pra Janaína, do Kiko, durante o show. Repetindo o gesto de constrangimento de tocar a música pro próprio compositor, como fiz quando o Siba passou por Londrina, eu toco a composição do Kiko pra ele, pro Thiago e pra Juçara. E ela até cantarola comigo!!! rs

Dentre as muitas falas interessantes que saíram neste bate papo, gostaria de destacar uma fala do Thiago França, mais ou menos no meio do vídeo, onde ele diz sobre a relação entre religiosidade, postura política e arte que compõe parte da mistura que fundamenta o Metá Metá. 

"quando você não esconde o que você é, isso já é um ato político" Thiago França

Destaco esta frase/passagem pois acredito que aqui temos um dado muito importante para alargar o debate para quem sempre se indaga sobre se existe "arte engajada" hoje. 

De verdade, eu fiquei com uma baita vontade de continuar a bater papo e perguntar sobre monte de coisas, como por exemplo, sobre a troca que acontece entre eles e o hip-hop paulistano. Mas isso é assunto para próximos capítulos, pois, afinal, estamos vivos e ainda vai dar tempo!



Agradecimentos ao Metá Metá
ao Sesi Londrina
ao Teatro de Garagem
e à Vila Cultural ALMA Brasil.